Pesquisar este blog

domingo, 4 de agosto de 2013

Conselho

Hoje eu te flagrei olhando pela janela, procurando os céus por entre os prédios, planejando voar por aí e só voltar depois de sobrevoar tudo que existe. Você não viu quando cheguei, estava perdido, olhar fixo – parecendo buscar o que quer. Tentei pensar sobre o que ainda te prendia ali, imóvel. Faltava tão pouco para voar, só você não viu, não acreditou – ficou com medo de cair. Cair, que mal tem? Quando não se tem limites também não se tem chão, e quando tem limites, a gente tira, como se tira uma pedra no sapato, é simples. Tudo é bem mais simples do que teus olhos frenéticos parecem te mostrar. Vai, é só os deixar revirar quando pedem, fechar quando deve e os ignorar quando dá. Deixa teus sentidos terem vida própria, teu tato respirar, livra teus ouvidos dos teus pensamentos bobos, os deixa escutar, permite tua boca fazer as pazes com a tua voz, reencontra com teus pés e diz assim: ”Vão, podem andar!”. Junta tudo que você sabe e esquece, constrói tudo de novo quantas vezes forem necessárias para se ter certeza de que fez a coisa certa. Não faça coisas certas, faça o que quiser ! Se der nem nos ouça, a gente te perdoa – aproveita que está aí bem perto da janela e voa, voa! 

3 comentários:

  1. Dê asas à sua imaginação e nos brinde com mais textos como este. Rê

    ResponderExcluir
  2. "...Não faça coisas certas, faça o o que quiser"!
    O que é certo? Tudo é relativo e mais uma vez você foi SENSACIONAL!

    ResponderExcluir